De janeiro para fevereiro, o preço médio diário da produção de eletricidade caiu de €60,69 MWh para €27,06 MWh. A diferença explica-se de duas formas: por um lado, a elevada procura em janeiro, devido à vaga de frio, obrigou à compra de mais mais gás natural para produzir eletricidade; por outro, a precipitação elevada e os ventos constantes no final de janeiro e ao longo de fevereiro foram crucias para as nossas barragens e aerogeradores – fontes quase gratuitas.
Esta situação, diz em comunicado a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), comprova “o impacto positivo que a crescente incorporação renovável tem no preço do mercado grossista de eletricidade, devido ao reduzidíssimo custo marginal (zero ou próximo de zero) das renováveis variáveis, como é o caso das hídricas a fio-de-água, da eólica e da solar fotovoltaica”.
A disponibilidade de água e vento levou mesmo a que, durante 210 horas (entre 13 e 22 de fevereiro), o sistema elétrico tenha sido abastecido integralmente por energias renováveis. Na verdade, produzimos mais do que precisávamos: nos primeiros 24 dias de fevereiro, Portugal foi exportador de eletricidade. Cerca de dois terços da energia vieram da hídrica e um terço da eólica.
O preço na produção não é refletida na sua totalidade na fatura da luz que chega ao consumidor. A tarifa inclui eletricidade, redes de distribuição e impostos, com a primeira a representar 50% a 55% do valor final.
Fuente: Visão Verde
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